sexta-feira, 29 de março de 2013

Retiro: A Arte de Viver em Plena Consciência

Queridos/as amigos/as, tendo em conta o feriado de 30/5 (quinta-feira - Corpus Christi) e os 3 dias que se seguem serem de fim-de-semana, vamos ter um retiro aqui na Fazenda Capijuma( Centro de Prática Pedra Negra das Bromélias). Estamos enviando este convite para todos os interessados em se juntar a nós para praticar a plena consciência neste bonito lugar rodeado de montanhas, cachoeiras e natureza onde poderemos praticar meditação sentada, meditação caminhando, comer em plena consciência, partilhar nossas experiências em partilhas do Dharma, trabalhar em plena consciência, praticar o nobre silêncio etc.

Temos capacidade para receber 26 pessoas.

O Retiro será no nascente Centro de Prática Pedra Negra das Bromélias, em Conceição do Castelo, na região serrana do Espírito Santo - comunidade inspirada nos ensinamentos do Mestre Thich Nhat Hanh e em Plum Village Practice Centre.

Preço: Ver ficha de inscrição abaixo.

Um dia de prática geralmente seguirá o seguinte cronograma:

5:00 Despertar
5:30 Meditação sentada
6:10 Exercício da vara em grupo ou tempo de prática pessoal
7:00 Café da manhã
8:15-9:15 Meditação do trabalho
9:30 Palestra sobre o Dharma
11:30 Meditação caminhando
12:30 Almoço em plena consciência
13:30 Relaxamento profundo
15:00 Partilha do Dharma
16:30-17:00 Pausa para beber chá
17:15 Meditação caminhando
18:30 Jantar em plena consciência
20:15 Meditação sentada/ med. caminhada dentro ou leitura de Sutra
21:00 Nobre silêncio

Mas as práticas podem variar de um dia para outro.


- Para nos contatar:Tel. (28) 99868058 (Vivo), telefonar às segundas entre 9h e 11h e entre 15h e 17h, e às sextas das 15h às 17h.
- Nosso Email- sanghadocolibri@gmail.com 


Ficha de Inscrição.

Nossa localização

Como chegar.

sábado, 16 de março de 2013

sexta-feira, 15 de março de 2013

Comendo em plena atençao

Há muitas maneiras diferentes de Comer com Plena Consciência. Usualmente comemos em silêncio pelo menos nos primeiros 15 minutos de nossa refeição. Comemos juntos de forma que possamos apreciar a companhia dos outros e da comida ao mesmo tempo.
A primeira vez que comemos em silêncio pode parecer um pouco estranho ou não natural, mas quando nos acostumamos a ela, a prática pode trazer insight, paz e felicidade.
Comer em plena consciência envolve todos os aspectos da comida. Nos servimos em plena consciência apenas da comida que necessitamos. Antes de iniciar nossa refeição contemplamos nossa comida juntos em silêncio. Antes de iniciarmos a refeição lemos as Cinco Contemplações (ver abaixo) que nos fazem refletir sobre vários aspectos de nossa alimentação.
Começamos então, a comer devagar e em plena consciência, desfrutando de cada alimento que colocamos na boca e mastigando bastante antes de engolir. Em silêncio podemos nos concentrar na preciosa natureza da comida que estamos comendo. Olhando em profundidade para a comida podemos ver que é o produto de muitos elementos. Esta é uma chance de apreciar nosso relacionamento com o universo e estar em contato com a Terra em que ela cresceu.
Durante a refeição podemos também nos concentrar no gosto da comida e em como ele vai se alterando à medida que mastigamos. Podemos mentalmente rotular cada alimento que levamos a boca e degustar seu sabor particular.
Outra prática que podemos fazer é observar nossa ansiedade em engolir rapidamente os alimentos ou de já preparar o próximo alimento que vai a boca antes de engolir.

As Cinco Contemplações

1. Este alimento é presente de todo Universo, ele veio da terra, do céu, de numerosos seres vivos e de muito trabalho árduo.
2. Que possamos comê-lo em plena consciência e com gratidão a fim de sermos dignos de recebê-lo.

3. Que possamos reconhecer e transformar nossas formações mentais não saudáveis, principalmente nossa ganância, e aprendermos a comer com moderação.
4. Que possamos manter nossa compaixão viva através de uma alimentação que alivie o sofrimento dos seres vivos, preserve nosso planeta e reverta o processo de aquecimento global.
5. Aceitamos este alimento para que possamos nutrir e fortalecer nossa Sangha e cultivar nosso ideal de servir a todos os seres.

"Eu lembro, há alguns anos atrás, quando Jim e eu estávamos viajando pela primeira vez aos Estados Unidos, sentamos sob uma árvore e dividimos uma tangerina. Ele começou a falar sobre o que iríamos fazer no futuro. Quando pensávamos sobre um projeto que parecia atrativo ou inspirador, Jim se tornava tão imerso nele que literalmente esquecia sobre o que estava fazendo no presente. Ele colocou um gomo de tangerina na boca e, antes de começar a mastigá-lo, já tinha outro pedaço pronto para colocar nas boca novamente. Ele dificilmente estava consciente que estava comendo uma tangerina. Tudo que eu tinha a dizer era: "Você deveria comer o pedaço de tangerina que você já pegou."Jim estava surpreso em perceber o que ele estava fazendo. Era como se ele absolutamente não tivesse comendo a tangerina. Se ele estava `comendo` algo, eram seus planos futuros." (Thay)

As Três Jóias

A raiz da palavra Buda significa despertar, tomar conhecimento, compreender. E aquele que desperta e compreende é chamado de Buda. Simplesmente isso! A capacidade de despertar, de compreender e amar é chamada de natureza de Buda. Quando os budistas dizem: eu me refugio em Buda, eles estão confiando na sua própria capacidade de compreender, tornar-se despertos. No budismo existem três jóias preciosas: Buda, aquele que está desperto; Dharma, o caminho da compreensão e do amor; Sangha, a comunidade que vive em consciência e harmonia. As três são interligadas, e às vezes é difícil distinguir uma da outra. Todos nós temos a capacidade de despertar, compreender e amar. Assim, em nós mesmos encontramos Buda e também Dharma e Sangha. Buda foi aquele que desenvolveu seu entendimento e amor ao mais alto nível.

Compreensão e amor não são duas coisas, mas uma só. Para desenvolver a compreensão é necessário que se exercite olhar para todos os seres vivos com olhos de compaixão. Quando você compreende, você ama; e quando você ama, age naturalmente, de tal forma que alivia o sofrimento alheio.

Aquele que está desperto, que sabe, que compreende, é chamado de Buda. Ele existe em todos nós. Podemos nos tornar despertos, compreensivos e também amorosos.

Há 2.500 anos atrás existiu uma pessoa que praticou isso de tal forma que seu entendimento e amor tornaram-se perfeitos, e todos no mundo reconheceram isso. Seu nome era Sidarta. Ele era muito jovem ainda quando começou a ver que a vida contém muito sofrimento; que as pessoas não amam umas às outras; não se compreendem suficientemente. Deixou então o seu lar e foi para a floresta praticar meditação, respiração e sorriso. Ele se tornou monge e praticou a fim de desenvolver seu despertar, sua compreensão e amor no mais alto nível.

Quando dizemos: Eu me refugio no Buda, deveríamos entender também: o Buda se refugia em mim; porque sem a segunda parte, a primeira não é completa. Buda necessita de nós para que o despertar, o amor e a compreensão possam se tornar reais e não meros conceitos. Essas coisas devem ter efeitos concretos na vida. Sempre que eu digo: Eu me refugio em Buda, ouço: Buda se refugia em mim. Nossa tarefa é muito importante: realizar o estado desperto, realizar a compaixão, realizar o entendimento.

Todos nós somos Budas, porque só através de nós é que a compreensão e o amor se tornam tangíveis e efetivos.

Buddhakaya em sânscrito significa corpo de Buda. Para o budismo ser real é necessário que haja um buddhakaya, ou seja, uma personificação da atividade desperta. De outra forma o budismo é apenas uma palavra. Shakyamuni Buda era um buddhakaya. Ao realizar o ato de despertar, compreender e amar cada um de nós é buddhakaya.

A Segunda jóia é o Dharma, isto é, o que Buda ensinou. É o caminho da compreensão e amor: como entender, como amar, como transformar essas coisas numa realidade. Antes de morrer, Buda disse aos seus discípulos: "Meus caros, meu corpo físico não estará mais aqui amanhã, mas o corpo do meu ensinamento estará sempre aqui para ajudá-los. Considerem-no como seu mestre, um mestre que jamais se separa de vocês.”

Esse foi o nascimento do Dharmakaya. O Dharma tem um corpo, o corpo dos ensinamentos ou o corpo do Caminho. Dharmakaya significa apenas Os Ensinamentos de Buda, a forma de realizar a compreensão e o amor.

Qualquer coisa pode ajudar a despertar a natureza búdica. Quando estou só e algum pássaro me chama, retorno a mim mesmo, respiro e sorrio e, às vezes, ele volta a me chamar. Então sorrio e respondo: - Já estou ouvindo-o. Não só os sons como também as paisagens podem relembrá-los de retornar a si mesmos. Ao abrir a janela de manhã e ver a luz inundar o ambiente, você pode reconhecer isso como a voz do Dharma, e isso se torna parte do Dharmakaya. Essa é a razão por que as pessoas despertas vêem a manifestação do Dharma em todas as coisas. Num seixo, num bambu, no choro de uma criança, qualquer coisa pode ser a voz do Dharma chamando. Nós devíamos ser capazes de praticar dessa forma.

Um mestre também é parte do Dhamakaya, porque ele ou ela nos ajuda a despertar. Sua aparência, sua forma de viver o dia-a-dia, sua forma de lidar com as pessoas, animais, plantas, nos ajudam a atingir o entendimento e o amor em nossa vida. O Dharmakaya não é expresso só por palavras, por sons. Pode expressar-se simplesmente sendo. Às vezes ajudamos mais quando não fazemos nada do que quando fazemos muito. Chamamos isso de não-ação. Esse é também um dos aspectos do Dharmakaya: sem falar, sem ensinar, apenas sendo.

Sangha é a comunidade que vive consciente e em harmonia. Sanghakaya é um novo termo em sânscrito.

A Sangha também precisa de um corpo. Quando você está com sua família e pratica a respiração e o sorriso, reconhecendo o corpo de Buda em você e em seus filhos, então sua família se torna Sangha. Um amigo, nossos filhos, nosso irmão ou irmã, nosso lar, as árvores do nosso pátio, tudo isso pode ser parte do nosso Sanghakaya.

A prática do budismo, a prática da meditação é para a pessoa se tornar serena, compreensiva e amorosa.

Desta forma trabalhamos pela paz de nossa família, de nossa sociedade. Se olharmos mais de perto, veremos que as Três Jóias são, na verdade, uma. Em cada uma delas as outras duas estão presentes. Em Buda existe o estado búdico, existe o corpo de Buda. Em Buda existe o corpo do Dharma, porque sem este ele não poderia se tornar Buda. Em Buda está o corpo da Sangha, porque ele fez seu jejum junto à árvore Bodhi, a outras árvores e pássaros da região. Num centro de meditação temos um corpo de Sangha, Sanghakaya, porque ali é praticada a compreensão, a compaixão. Assim, o corpo do Dharma, o Caminho e os Ensinamentos estão presentes. Mas os ensinamentos não podem tornar-se uma realidade sem a vida e o corpo nossos. De forma que Buddhakaya também está presente. Se Buda e Dharma não estiverem presentes, não existe Sangha. Sem você, Buda não é uma realidade, mas apenas uma idéia.

Sem você, o Dharma não pode ser praticado. Precisa de alguém para poder ser praticado. A Sangha não pode existir sem cada um de vocês. Por isso, quando dizemos: Eu me refugio em Buda, ouvimos também: Buda se refugia em mim. Eu me refugio no Dharma. O Dharma se refugia em mim. Eu me refugio na Sangha. A Sangha se refugia em mim.

Relaxamento Profundo


Relaxamento Profundo ou Relaxamento Total é a prática de deixar ir. Permite ao corpo achar seu equilíbrio natural que promove a cura através do corpo sejam quais forem as necessidades. Se pudermos também deixar ir em um nível mental/emocional, isso aumenta o relaxamento físico porque nossos pensamentos e sentimentos podem ter efeito no organismo físico.

Podemos praticar o relaxamento total em um grupo, com alguém nos guiando, ou usando uma gravação. Nos tornamos conscientes dos grupos individuais de músculos e conscientemente os relaxamos, percorrendo todo o corpo até que estejamos totalmente relaxados. Podemos então relaxar nossas mentes de suas preocupações usuais através da visualização de uma cena agradável.

Para pessoas que desejam desenvolver a plena consciência há a vantagem adicional de se tornar mais conscientes das sensações no corpo surgindo e indo embora. A habilidade de relaxar fisicamente apoia nossa prática meditativa.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Como chegar

O Centro de Práticas Pedra Negra das Bromélias fica no município de Conceição do Castelo, na região serrana do estado do Espírito Santo, no km 127,5 da BR-262.
Existem muitas maneiras de chegar ao Centro. Se você não vier de carro até aqui, podemos, mediante prévio acordo, pegá-lo(a) em Venda Nova do Imigrante.

Alternativa 01 - Mais comum para quem não mora em Vitória e vem de avião ou tem que passar em Vitória. Ao chegar em Vitória-ES, se dirigir à Estação Rodoviária e lá pegar um ônibus da empresa Águia Branca que sai, de segunda a sábado, para Venda Nova do Imigrante nos seguintes horários:
05:00          13:30          18:30
07:20          14:00
07:30          14:45
08:10          15:30
09:30          16:00
12:00          17:10
De Venda Nova do Imigrante pegar um táxi até o Centro, usando como referência o nome antigo do lugar (Fazenda Capijuma, No Alto Ribeirão do Meio, km 127,5) ou combinar conosco lugar e hora.

Alternativa 02 - Se você estiver de carro, pode pegar a BR - 262 em direção ao km 127,5 (há uma placa indicando). Pra quem vem de Vitória é pegar o sentido Venda Nova do Imigrante e dirigir até depois da entrada de Conceição do Castelo. Pra quem vem de Belo Horizonte é pegar o sentido Vitória e entrar antes de Conceição do Castelo. Há uma placa do lado esquerdo indicando Fazenda Capijuma/IJW. Seguir as indicações existentes na estrada de terra de 3 km que conduz até o Centro.

Alternativa 03 - Se você estiver no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília ou São Paulo, há  ônibus (empresa Itapemirim ou informe-se na rodoviária sobre outras) que saem diariamente e que passam por Venda Nova do Imigrante.

Retorno para Vitória -  Os horários de ônibus de Venda Nova do Imigrante para Vitória são os seguintes (de segunda à sábado):
05:55           09:40           15:15
06:50           11:45           16:30
07:45           13:50           17:45
08:50           14:20



 


Os Três Refúgios


Segundo o Thay, na tradição budista praticamos os Três Refúgios: Eu busco refúgio no Buda. Busco refúgio no Dharma. Busco refúgio na Sangha. Tomar refúgio é o reconhecimento e a determinação em se dirigir para o que é mais bonito, verdadeiro e bom. Tomar refúgio é também a consciência que se possui a capacidade de entendimento e amor.
O Buda é aquele que nos mostra o caminho nesta vida. O Buda é a pessoa histórica que viveu 2600 anos atrás e todos os nossos professores ancestrais que nos conectam ao Buda. O Buda é também a natureza desperta em todos os seres. Cada elemento no universo que está nos mostrando o caminho do amor entendimento, é o Buda. Os olhos abertos de uma criança e os raios de sol que fazem com que a flor abra sua beleza também contém a natureza desperta.
O Dharma é o ensinamento de amor e entendimento. O Dharma é o ensinamento do Buda histórico e seus descendentes na forma de discursos, os comentários e preceitos e nos mostram o caminho que leva a paz e profundo insight, amor e entendimento. O Dharma são todos os elementos no nosso mundo e na nossa consciência que nos guiam no caminho da liberação. O Dharma vivo é contido em cada canto do universo. Uma nuvem flutuando está silenciosamente pregando sobre liberação. e a folha caindo nos dá uma palestra de Dharma na prática de deixar ir. Cada vez que você respira profundamente, anda em plena consicência e olha outra pessoa com olhos de entendimento e compaixão, está dando uma silenciosa palestra do Dharma.
A Sangha é a comunidade que vive em harmonia e consciência. Seus professores, seus amigos e você mesmo são elementos da sua Sangha. Um caminho na floresta pode ser um membro da sua Sangha também, apoiando no caminho da transformação. Você pode compartilhar suas alegrias e dificuldades com sua Sangha. Pode deicar ir e relaxar no calor e na força de sua Sangha. A Sangha é o rio, fluindo e serpenteando com flexibilidade, respondendo ao ambiente em que está localizada. Ao tomar refúgio na Sangha, nos juntamos à corrente da vida, fluindo e nos tornando unos com todos os nossos irmãos e irmãs na prática. Dentro da Sangha você achará a prática mais fácil e muito mais agradável.

Exemplo resumido da prática

Deite-se confortavelmente de costas no chão ou na cama. Feche os olhos. Faça cada exercício abaixo por 2 minutos antes de partir para o próximo.
Ao inalar o ar, sinta o abdômen subir e, ao soltar o ar, sinta o abdômen descer.
Ao inspirar, tome consciência dos pés. Ao expirar, deixe que eles relaxem.
Ao inspirar, tome consciência das pernas. Ao soltar o ar, permita que todas as células das pernas relaxem.
Ao inspirar, tome consciência das suas mãos pousadas sobre a cama ou o chão. Ao soltar o ar, relaxe completamente os músculos das mãos, liberando qualquer tensão que possa existir nelas.
Ao inspirar, tome consciência dos seus braços. Ao expirar, deixe que eles relaxem completamente.
Ao inspirar o ar, torne-se consciente dos seus ombros. Ao soltar o ar, faça com que qualquer tensão existente neles deslize para o chão.
Ao inspirar, tome consciência do seu coração. Ao soltar o ar, deixe seu coração descansar.
Ao inspirar, tome consciência do seu estômago e do seu intestino. Ao soltar o ar, deixe que eles relaxem.
Ao inspirar, tome consciência dos seus olhos. Ao expirar, deixe que os olhos e os músculos ao redor deles relaxem.
Agora, caso haja algum lugar no seu corpo que esteja doente ou dolorido, tome consciência dele e envie amor para lá. Ao inspirar, permita que essa área repouse, e, ao soltar o ar, sorria para ela com grande ternura e carinho.
Finalmente, ao inspirar, tome consciência do seu corpo inteiro deitado. Ao soltar o ar, goze a sensação do seu corpo inteiro deitado, extremamente relaxado e calmo.
Volte ao suave subir e descer do seu abdômen.

Praticar a Primeira Nobre Verdade.

Ao praticar a Primeira Nobre Verdade, reconhecemos nosso sofrimento e o chamamos pelo seu nome correto – depressão, ansiedade, medo ou insegurança. A seguir, olhamos de frente para ele, para descobrir em que se baseia, e isso representa a prática da Segunda Nobre Verdade. Essas duas práticas contêm os primeiros dois elementos do Nobre Caminho Óctuplo, ou seja, a Compreensão Correta e o Pensamento Correto. Todos nós temos uma tendência a fugir do sofrimento, mas quando começamos a praticar o Nobre Caminho Óctuplo criamos coragem para passar a encarar o sofrimento de forma diferente. Utilizamos a Atenção Plena Correta e a Concentração Correta para observar o sofrimento de frente, com coragem. A prática de olhar com profundidade e enxergar com clareza representa a Compreensão Correta, que nunca nos mostrará uma única razão para o sofrimento, mas centenas de camadas de causas e condições: sementes que herdamos de nossos pais, avós e ancestrais;sementes dentro de nós nutridas por amizades ou pela situação econômica e política de nosso país; além de muitas outras causas e condições.

Agora chegamos ao ponto onde queremos fazer alguma coisa para diminuir o nosso sofrimento. Depois de identificar o que alimenta o nosso sofrimento, acharemos uma forma de deixar de ingerir esse nutriente, quer se trate de um comestível, de alimento dos sentidos, de nutriente recebido das nossas intenções, ou do alimento da nossa consciência. Fazemos isso praticando a Fala Correta, a Ação Correta e o Meio de Vida Correto, sempre lembrando que a Fala Correta significa ouvir com atenção. Para isso nos guiamos pelos Treinamentos da Atenção Plena.
Ao praticar os treinamentos da Atenção Plena entenderemos que devemos falar, agir e trabalhar sempre com a Atenção Plena Correta. A Atenção Plena Correta nos avisa quando algo está em desacordo com a Fala Correta ou com a Ação Correta. Quando praticamos a Atenção Plena Correta e o Esforço Correto, o resultado é a Concentração Correta, o que fará emergir a compreensão ou, em outras palavras, a Compreensão Correta. Na verdade não é possível praticar uma única etapa do Nobre Caminho Óctuplo sem praticar todos os outros sete. Essa é a natureza interdependente de tudo, que também se manifesta nos ensinamentos deixados por Buda.

terça-feira, 12 de março de 2013

Clima, acomodações e outras características

Clima - O Centro de Prática Pedra Negra das Bromélias se localiza na região serrana do Espírito Santo, em um dos municípios mais altos da região, Conceição do Castelo. Estamos a aproximadamente 1.100 metros de altitude, portanto a temperatura comparativamente com a maioria do país, é sempre mais fria, principalmente no inverno. se você for sensível ao frio traga roupas e cobertores extras para este fim. Além disso, chuvas são bastante comuns - assim você pode achar conveniente trazer um calçado mais adaptado para o chão molhado.

Terreno - É bem irregular e quase sem áreas planas. Ao fazermos caminhadas é comum nos defrontarmos com as subidas e descidas, que dão um charme especial ao local e belas paisagens. A maioria dos trajetos pode ser feita sem grandes dificuldades. Mas alguns podem ter algumas dificuldades adicionais, como trechos mais íngremes, escorregadios, úmidos, com pedras, trechos na água etc. 

Acomodações - São simples e, normalmente, para mais de uma pessoa. Nenhum quarto possui aquecimento. Existem chuveiros elétricos e outros aquecidos à gás que podem ser usados para banhos quentes. Nossa capacidade é de receber 26 pessoas. Temos roupas de cama, edredons e toalhas, mas se você achar conveniente pode trazer os seus próprios.

Suas necessidades -  Lembre-se que estamos na zona rural. Ao vir para o nosso Centro, se deseja comer algo específico no seu quarto ou precisa de algum remédio ou qualquer outra coisa, certifique-se de que trouxe todo o necessário. A cidade mais próxima fica a cerca de 26 km, portanto, vamos quando é realmente necessário. Se houver necessidade, cobraremos as idas e os retornos extras.

Água -  Nossa água é retiradas das fontes naturais e filtrada. Não compramos "água mineral".

Animais -  Como estamos no meio da floresta, é possível se defrontar com alguns dos bichinhos que a habitam. É preciso ter uma especial atenção com as cobras e com os insetos (especialmente se você for alérgico às suas picadas). Quanto aos macaquinhos e aves que nos visitam, recomendamos a todos que não os alimentem.

Chegadas e partidas -  Se você vier de carro diretamente até nós, pode chegar em qualquer dia da semana - precisam apenas nos avisar com antecedência. Aos que vêm de ônibus e precisam ser apanhados em Venda Nova do Imigrante ou imediações recomendamos fortemente a chegar na sexta-feira, a não ser que, por um motivo de retiro de feriado, o dia de chegada seja deslocado para outro dia.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Meditação Caminhando

Quando você não estiver parado em pé, sentado ou deitado, você estará se movendo. Mas para onde você está indo? Você já chegou. Com cada passo você chega no momento presente, pode pisar na Terra Pura ou no reino de Deus. Quando está andando de um lado a outro da sala ou de um prédio para outro, esteja consciente do contato de seus pés com a Terra e esteja consciente do contato do ar quando ele entra no seu corpo. Pode ajudá-lo a descobrir quantos passos você dá confortavelmente em uma inspiração e quantos na expiração. Enquanto inspira pode dizer "inspirando", enquanto expira pode dizer "expirando". Então você estará praticando meditação caminhando todo o dia. É uma prática, que é constantemente possível e portanto tem o poder de transformar nossa vida diária. Alguém que anda em plena consciência é um sino de plena consciência para qualquer um que o vê.


Nosso Verdadeiro Lar

Quando praticamos meditação caminhando, chegamos a todo momento. Nosso verdadeiro lar é o momento atual. Quando entramos profundamente no momento atual, nossas queixas e preocupações desaparecem e descobrimos a vida com todas as suas maravilhas. Inspirando, dizemos a nós mesmos: "Eu cheguei". Expirando dizemos: "O meu lar". Fazendo isso, superamos a dispersão e habitamos pacificamente no momento atual, que é o momento absoluto de conscientização para nós.

uso dos versos de um poema. No budismo zen, poesia e prática andam sempre juntas.

Eu cheguei.
Tenho aqui
no agora
o meu Lar.
Eu sou firme.
Eu sou livre.
Eu habito
no absoluto.

terça-feira, 5 de março de 2013

Boa convivência

No nosso Centro, fora dos momentos de retiro, cultivamos um leve disciplina que nos ajuda a estar sempre presentes no aqui e no agora e firmemente ancorados no momento presente que é o único momento realmente disponível para nós. Essa disciplina também nos ajuda a viver em comunidade e alimenta em nós a solidariedade, a fraternidade, a liberdade e o desejo de viver em harmonia com todos os seres.

Acordar, deitar e silêncio - Acordamos todos os dias às 5:00 da manhã com o soar do sino. Não existe uma regra para horário de dormir, no entanto, após as 21:00 observamos um período de silêncio que se estende até depois do café da manhã.

Meditação - Pela manhã, às 05:30 temos meditação sentada. Após o café da manhã, temos a meditação no trabalho - seguida no final da manhã pela meditação caminhando. À tarde temos um outro período de meditação no trabalho e, depois da janta, a última meditação sentada acompanhada por uma meditação caminhando dentro da Sala de Meditação que geralmente é finalizada por volta das 21:00.

Refeições - Todas as nossas refeições são vegetarianas e feitas com o máximo da nossa presença e em Plena Consciência. Em todas elas, observamos um período de silêncio. No almoço e na janta, usamos o sino para nos ajudar a manter esse espírito, recitando também, antes de comer, o que chamamos de Cinco Contemplações - que são nossas atitudes de gratidão e respeito em relação ao alimento e a todos os elementos que tornaram essa refeição possível.

Respeito à natureza - Fazemos o possível ao nosso alcance para manter a melhor relação com a natureza que nos circunda: cuidando do nosso lixo (orgânico ou não), alimentando-nos com alimentos saudáveis e, se possível, não processados, integrais e orgânicos, cultivando, sempre que possível, o nosso alimento, defendendo a natureza contra a caça e o desflorestamento e ajudando esse maravilhoso pedaço de Mata Atlântica a se recuperar e se desenvolver.

Drogas, televisão e álcool -  Como consequência da nossa prática e cientes de todos os prejuízos causados à humanidade e à natureza pelo consumo de álcool, de drogas e substâncias entorpecentes e pelo consumo dos produtos veiculados pela televisão, abstemos-nos de consumí-los aqui. Por favor, não traga essas substâncias e produtos, mesmo que seja para consumo privado em suas acomodações.

O sino - O sino é uma das nossas ferramentas para nos ancorarmos no presente. Todas as vezes que ouvimos o sino, seja o de madeira, seja o de bronze, paramos o que quer que estejamos fazendo para retornar à nossa respiração. O sino nos chama a estar presentes, em corpo e mente, aqui e agora



 

Mapa de localização


Visualizar Centro de Prática Pedra Negra das Bromélias em um mapa maior

Clima, Tempo e Chuvas em Conceição do Castelo - ES

Os gráfico abaixo servem para dar uma ideia das nossas condições climáticas: ______________________________________________ _______________________________________________